Ejamor: Identidade, liberdade e transformação 

No dia 26 de março de dois mil e vinte e um, demos início a disciplina de História da Educação, ministrada pela professora Mestra em Educação de Jovens e Adultos Marlene Souza Silva, de forma muito acolhedora e amigável. A professora iniciou a aula com uma canção de Chico César, retratando os mistos de sentimentos que nos acompanha no dia a dia através da letra Estado de Poesia e nos apresentou ainda um texto reflexivo com tema “Elogio do Aprendizado, que nos traz, a História da educação como reforço indissociável entre educar e cuidar, atos que devem estar comprometidos com a formação humana e com a construção de um mundo livre da opressão, visando a desenvolver e a potencializar a capacidade intelectual do indivíduo. Constitui um processo único de aprendizagem associado às formações escolar, familiar e social.
A professora solicitou que em grupo escolhêssemos uma arte para relacionarmos a modalidade EJA com seus enfrentamentos ao longo de décadas.
Assim, selecionamos a escultura do britânico Antony Gormley , que retrata a desconstrução de conceitos, mudanças e paradigmas. Essa modalidade assume grande relevância para a vida de uma parcela considerável da população, e nós, enquanto educadores podemos contribuir para moldar uma nova realidade.
Essa reflexão sobre a realidade da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, nos possibilita pensar que trabalhar com sujeitos da EJA vai além do simples ensinar, requer reflexão, propondo uma “educação libertadora” (FREIRE, 1982), que resgate a cidadania do indivíduo, considerando que só dessa forma o homem faz sua história, muda o mundo de forma livre, buscando inserir o indivíduo na sociedade, convivendo com seus semelhantes, pensando sua existência e transformando sua realidade.
Realizamos também uma Resenha Crítica como parte do processo avaliativo, onde a pró Marlene nos ofertou 03 maravilhosos textos, um da cunho próprio da educadora “Educação De Jovens E Adultos Na Bahia: Escolarização Básica E Qualificação Profissional”, onde chama a atenção para o problema/questão Educação De Jovens E Adultos Na Bahia: Escolarização Básica E Qualificação Profissional, a autora destaca principalmente o fato de as Políticas Públicas da EJA privilegiar a dimensão escolarizada na qualificação para a formação profissional, com a finalidade de preparar o trabalhador para ingressar no mercado formal também fez com que a rede estadual de ensino da Bahia se voltasse mais para o atendimento das pessoas jovens e adultas, com a preocupação de desenvolver as habilidades de ler, escrever e realizar cálculos, incluindo, efetivamente, essa modalidade de educação dentro do sistema de ensino, rompendo com o isolamento e garantindo o acesso ao ensino fundamental conforme estabelecido pela Constituição de 1988, o que representa também a realidade de modalidade na visão Nacional. Ofertar a modalidade EJA nos dias de hoje requer um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de (re) inclusão desses educandos nas redes de educação pública.